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É possível o divórcio sem dividir os bens?

  • Foto do escritor: Maísa Lemos
    Maísa Lemos
  • 31 de mar.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 10 de abr.



O divórcio não precisa ser sinônimo de conflito e longos processos judiciais. Em alguns casos, pode ser interessante formalizar o fim do casamento antes de tratar da divisão do patrimônio. No Brasil, a lei permite que o divórcio seja realizado sem que a partilha de bens ocorra ao mesmo tempo, o que pode ser uma solução rápida e menos custosa em algumas situações.


No entanto, é importante que a partilha de bens não seja adiada por muito tempo. Existem prazos legais que precisam ser respeitados, e deixar a divisão para depois pode causar problemas futuros, como disputas patrimoniais ou até a prescrição do direito à partilha. Ao longo deste artigo, você vai entender como funciona o divórcio sem partilha, suas vantagens e desvantagens, e a importância de contar com um advogado para garantir que seus direitos sejam preservados.


Como fazer o divórcio sem dividir os bens?


O divórcio sem partilha de bens acontece quando o casal opta por formalizar apenas o término do casamento, deixando a divisão do patrimônio para outro momento. Essa modalidade de divórcio pode ser consensual, quando ambas as partes concordam, ou litigiosa, quando há discordância sobre o fim do casamento.


Passos para realizar um divórcio sem partilha de bens:


  1. Escolha entre divórcio consensual ou litigioso: Se houver acordo sobre o divórcio, o processo será mais rápido e poderá ser feito até em cartório. Se não houver consenso, o pedido precisará ser feito judicialmente.

  2. Documente a decisão de adiar a partilha: No ato do divórcio, deve constar a informação de que a partilha de bens será realizada futuramente.

  3. Formalize o divórcio: Após a homologação do divórcio pelo juiz ou a lavratura da escritura no cartório, o casamento estará oficialmente dissolvido.


Esse tipo de divórcio é uma solução prática quando há urgência em formalizar a separação, seja para resolver questões pessoais, financeiras ou até mesmo emocionais.


Vantagens e desvantagens de adiar a partilha de bens


Vantagens:


  1. Rapidez no processo: Quando o casal opta por deixar a partilha de bens para depois, o divórcio pode ser concluído rapidamente, especialmente se for consensual.

  2. Redução de custos iniciais: Sem a necessidade de avaliações patrimoniais e pagamentos de impostos, os custos do divórcio podem ser menores.

  3. Mais tempo para negociação: Adiar a partilha permite que o casal tenha mais tempo para negociar a divisão de forma amigável, evitando a judicialização.


Desvantagens:


  1. Risco de ocultação de bens: Quanto mais tempo se passa sem resolver a partilha, maior a chance de um dos ex-cônjuges tentar esconder ou transferir bens para terceiros.

  2. Possíveis conflitos futuros: Adiar a partilha pode causar desentendimentos no futuro, especialmente se o casal adquirir novos bens ou constituir novas famílias.

  3. Prazo de prescrição: Embora o direito ao divórcio não prescreva, a partilha de bens está sujeita a prazos legais, e, se ultrapassados, pode ser difícil garantir o direito à divisão do patrimônio.


O prazo legal para realizar a partilha de bens


De acordo com a jurisprudência predominante no Brasil, o prazo para solicitar a partilha de bens após o divórcio é de 10 anos, contados a partir da formalização do divórcio. Esse prazo é conhecido como prescrição do direito de partilha.

Embora pareça um período longo, adiar a partilha por muito tempo pode trazer riscos, como a perda de documentos que comprovem a existência de bens ou a dificuldade de rastrear bens transferidos durante esse período.


Por que é importante resolver a partilha o quanto antes?


  1. Evitar disputas patrimoniais:Quanto mais cedo a partilha for realizada, menores as chances de surgirem conflitos. Adiar a divisão pode gerar desentendimentos, especialmente se os bens se valorizarem ou se houver novas aquisições.

  2. Preservar seus direitos:A demora na partilha pode abrir espaço para que o ex-cônjuge tente ocultar bens, transferi-los para terceiros ou até dilapidar o patrimônio.

  3. Prevenir problemas legais com herdeiros:Se um dos ex-cônjuges falecer antes da partilha, os bens podem ser incluídos no inventário, complicando a divisão e criando disputas com herdeiros.

  4. Evitar a prescrição:Embora o prazo de 10 anos pareça longo, a prescrição pode ser um problema real se a partilha for deixada de lado por muito tempo. Resolver a questão rapidamente garante que seus direitos sejam preservados sem riscos.


O papel do advogado no divórcio e na partilha de bens


Contar com um advogado especializado em direito de família é essencial para garantir que tanto o divórcio quanto a futura partilha de bens sejam realizados de forma correta e segura.


Como o advogado pode ajudar:


  • Orientação sobre o regime de bens: O advogado verifica o regime de bens adotado no casamento e determina quais bens devem ser partilhados.

  • Proteção patrimonial: O profissional pode sugerir medidas preventivas para evitar a ocultação de bens, como registros e notificações judiciais.

  • Negociação amigável: O advogado pode intermediar a negociação entre as partes, buscando um acordo justo e rápido.

  • Ação judicial, se necessária: Se o ex-cônjuge se recusar a realizar a partilha, o advogado será responsável por entrar com a ação judicial e garantir que a cliente receba o que lhe é devido.


Caso fictício: quando a demora quase causou a perda de bens


Para ilustrar a importância de realizar a partilha de bens o quanto antes, vamos contar a história fictícia de Laura. Ela se divorciou de forma consensual e optou por deixar a partilha de bens para depois, acreditando que seria mais simples resolver a questão futuramente. No entanto, anos depois, ao tentar fazer a partilha, descobriu que o ex-marido havia vendido um dos imóveis do casal e transferido o dinheiro para uma conta no exterior.


Com a ajuda de seu advogado, Laura conseguiu provar que o imóvel fazia parte do patrimônio comum do casal e obteve uma decisão favorável, mas o processo foi longo e custoso. Se ela tivesse resolvido a partilha no momento do divórcio, teria evitado toda essa situação.


Esse exemplo fictício reflete uma realidade comum enfrentada por muitas mulheres, reforçando a importância de contar com um advogado especializado e agir rapidamente.


Conclusão: planejamento e apoio jurídico garantem seus direitos


Sim, é possível fazer o divórcio sem dividir os bens, e essa pode ser uma alternativa prática em algumas situações. No entanto, a partilha de bens não deve ser adiada por muito tempo, para evitar conflitos, prejuízos e até a prescrição do direito à divisão.


Se você está passando por um divórcio ou deseja saber mais sobre a partilha de bens, procure um advogado especializado. Com planejamento e orientação jurídica adequada, é possível garantir que seus direitos sejam preservados e que a divisão patrimonial ocorra de forma justa e segura.


Não deixe para depois: proteger seu patrimônio hoje é cuidar do seu futuro.


Nós atendemos em todo o Brasil, pois o processo judicial é inteiramente eletrônico.




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E você, conhece alguém que precisa saber as informações deste artigo? Então compartilhe.


Tenho certeza que ele vai ajudar muita gente.



Como faço para buscar ajuda especializada?


Para buscar ajuda especializada e lutar por seus direitos, você pode contar com o escritório Maísa Lemos Advocacia e Consultoria, pois somos especializados em Direito de Família


A principal dica é: desenvolva um relacionamento de confiança com os profissionais que vão te auxiliar no decorrrer do processo. Do contrário, pode ficar insegura e a relação se tornar extremamente desgastante para todos.



Maísa Lemos Advocacia é um escritório especializado em divórcio e direito de família com mais de 20 anos de experiência na área.





 
 
 

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