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Foto do escritorMaísa Lemos

Devo ficar com a casa após o divórcio?

Atualizado: 5 de ago.


fachada de uma casa vista debaixo para cima

Introdução


O divórcio é um momento de grandes mudanças e decisões difíceis, uma das mais significativas é a respeito da casa: devo ficar com ela ou vendê-la?


A resposta correta é: "Depende".


A casa muitas vezes representa uma grande porcentagem de todo o patrimônio conjugal e manter a casa após o divórcio é uma questão emocional, especialmente se houver filhos envolvidos.


Neste artigo, exploraremos os aspectos legais, emocionais, financeiros e práticos dessa decisão para ajudar você a tomar uma decisão informada.


Aspectos legais da partilha de bens no Brasil


Regimes de Bens


No Brasil, a partilha de bens no divórcio depende do regime de bens adotado no casamento. Os principais regimes são:


- Comunhão Parcial de Bens: Todos os bens adquiridos durante o casamento são divididos igualmente, exceto aqueles recebidos por herança ou doação.


- Comunhão Universal de Bens: Todos os bens, adquiridos antes e durante o casamento, são divididos igualmente.


- Separação Total de Bens: Cada cônjuge mantém a propriedade exclusiva dos bens adquiridos antes e durante o casamento.


Como no Brasil o regime mais comum é o da comunhão parcial de bens, vou partir da premissa de que a casa foi adquirida pelo regime da comunhão parcial de bens, ok?


Nesse caso, o imóvel é dos dois. E se você quer ficar na casa, precisa comprar a parte dele, correto?


Fatores emocionais e sentimentais sobre a casa durante o divórcio.


Manter a residência pode parecer uma forma de preservar a estabilidade para os filhos, mas os estudos mostram que o fator chave para o bem-estar das crianças é a estabilidade emocional dos pais, e não necessariamente a manutenção da casa familiar.


 Embora possa ser confortante para os filhos continuar na mesma casa, o mais importante é a qualidade do ambiente emocional. Mudanças podem ser gerenciadas de forma positiva se os pais mantiverem uma relação cordial e cooperativa.


E quando o imóvel do casal é financiado?


Direitos sobre o Imóvel Financiado


Quando o imóvel ainda está financiado, tecnicamente ele pertence ao banco até que o financiamento seja quitado. Nesse caso, o casal possui apenas os direitos sobre o imóvel e a responsabilidade de pagamento das parcelas.


Negociação com o Banco


Qualquer negociação entre o casal deve ser avaliada pelo banco. Se um dos cônjuges deseja ficar com a casa e assumir o financiamento, o banco precisará aprovar a transferência, levando em consideração a capacidade de crédito dessa pessoa. Isso pode envolver uma reavaliação do crédito e a necessidade de refinanciamento.


Impacto do Crédito


A parte que deseja ficar com a casa deve ser capaz de comprovar sua capacidade financeira para assumir o financiamento sozinha. Caso contrário, o banco pode não aprovar a transferência. É importante considerar que, se o banco não aceitar a negociação, a única solução pode ser vender a casa para quitar o financiamento e dividir o valor restante, se houver.


Aspectos financeiros para se considerar ao ficar com a casa após o divórcio.


 

A primeira etapa é preparar um orçamento preciso e determinar se é viável pagar o financiamento, os impostos e os serviços públicos. Além disso, considere os custos de manutenção necessários na casa. Lembre-se que o prazo de pensão alimentícia das crianças pode ser menor que o prazo de um eventual financiamento.


Assim, na maioria das vezes eu sugiro vender a casa e dividir o valor.  Apesar do apego emocional e das memórias construídas na casa familiar, é crucial considerar se manter a casa está dentro das suas possibilidades financeiras.


A sobrecarga financeira pode afetar a qualidade de vida de toda a família. Gastar além das suas capacidades para manter a casa pode resultar em estresse financeiro contínuo, comprometendo a estabilidade emocional que é tão vital para o bem-estar dos filhos.


Recomeçar em uma nova casa, após a venda da que vocês moravam, pode ser uma oportunidade de renovação. Considere a proximidade de trabalho, escolas e redes de apoio ao escolher uma nova residência.


Contudo, no final das contas, decidir se deve ficar com a casa após o divórcio é uma escolha complexa que envolve vários fatores.


Avalie todas as opções com cuidado, considerando os aspectos legais, emocionais, financeiros e práticos. Consulte profissionais especializados, como nosso escritório e analistas financeiros, para tomar uma decisão informada e equilibrada.


Conclusão


- Avalie todas as opções com cuidado.

- Considere o bem-estar emocional seu e de seus filhos, mas não leve isso a ferro e fogo se isso for te desestabilizar financeiramente.

- Faça um planejamento financeiro detalhado.

- Consulte profissionais especializados para orientação.


Tomar uma decisão informada e ponderada pode ajudar a garantir uma transição mais tranquila e um futuro financeiro estável.


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Tenho certeza que ele vai ajudar muita gente.


Como faço para buscar ajuda especializada para decidir se devo ficar com a casa após o divórcio?


Para buscar ajuda especializada para ingressar na Justiça e lutar por seu direito, você pode contar com o escritório Maísa Lemos Advocacia e Consultoria, pois somos especializados em Direito de Família


A principal dica é: desenvolva um relacionamento de confiança com os profissionais que vão te auxiliar no decorrrer do processo. Do contrário, pode ficar insegura e a relação se tornar extremamente desgastante para todos.


Nós atendemos em todo o Brasil, pois o processo judicial é inteiramente eletrônico.





 

maisa lemos advogada

Meu nome é Maisa Lemos, atuo como advogada especialista em direito de família e sucessões. Sou formada desde 2002 pela PUC/GO e tenho clientes em todo o Brasil.


Sou também mãe do Davi, da Helena e da Clara.


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LEMBRE-SE: este post tem a finalidade apenas de informar. Em nenhuma hipótese substitui a consulta com um profissional do Direito. Converse conosco e verifique as orientações necessárias para o seu caso específico.




 

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