
O processo de divórcio é um momento delicado na vida de qualquer pessoa. Decidir se separar do cônjuge envolve não apenas questões emocionais, mas também práticas e legais.
Para que essa transição seja o mais tranquila possível, é essencial estar bem informado e preparado para cada etapa do processo. Saber o que fazer antes de se divorciar pode ser a chave para garantir que todas as decisões sejam tomadas com consciência, reduzindo o impacto negativo sobre você e sua família.
Neste artigo, vamos abordar em detalhes os principais passos que você deve considerar antes de pedir o divórcio, abrangendo desde a organização financeira até o cuidado emocional. Nosso objetivo é fornecer um guia claro e acessível para que você possa atravessar essa fase com maior segurança e clareza.
1. Reflita profundamente sobre a decisão de se divorciar
Antes de tomar a decisão de se divorciar, é fundamental refletir cuidadosamente sobre a situação. O divórcio é uma mudança significativa e, muitas vezes, suas consequências podem ser mais complexas do que se imagina inicialmente. Pergunte a si mesma:
Eu já fiz tudo o que podia para salvar o relacionamento?
Estou pronta para enfrentar as mudanças que o divórcio trará para minha vida e para minha família?
Meu desejo de me divorciar é baseado em questões temporárias ou em problemas irreconciliáveis?
Muitas pessoas optam por buscar aconselhamento de um terapeuta de casal antes de decidir pelo divórcio. Mesmo que você acredite que a relação não tem mais solução, conversar com um profissional pode ajudar a entender melhor suas emoções e tomar uma decisão mais segura.
2. Organize suas finanças antes de pedir o divórcio
Um dos aspectos mais importantes a se considerar antes de se divorciar é o impacto financeiro. O divórcio envolve a divisão de bens, pensão alimentícia (se houver filhos) e, em alguns casos, pensão para o cônjuge. Por isso, é essencial que você organize suas finanças com antecedência.
Aqui estão algumas dicas:
Faça um levantamento dos bens e dívidas do casal: Isso inclui imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos, cartões de crédito, empréstimos, entre outros. Ter uma visão clara do patrimônio do casal será crucial para a divisão de bens.
Revise sua situação financeira individual: Se você depende financeiramente do seu cônjuge, é importante pensar em como vai se sustentar após o divórcio. Talvez seja necessário considerar novas fontes de renda ou reorganizar seu orçamento.
Abra uma conta bancária individual: Ter uma conta em seu próprio nome lhe dá maior controle sobre suas finanças durante e após o processo de divórcio.
Prepare um orçamento pós-divórcio: Liste todas as suas despesas e fontes de renda para garantir que você conseguirá se manter financeiramente após a separação. Isso inclui custos com moradia, educação dos filhos (se houver), alimentação, saúde e outros.
3. Busque orientação jurídica especializada
O divórcio envolve questões legais complexas, e cada detalhe pode impactar diretamente no seu futuro. Por isso, é fundamental contar com a ajuda de um advogado especializado em direito de família antes de tomar qualquer decisão. Um profissional especializado poderá:
Esclarecer seus direitos e deveres: Cada divórcio é único, e o advogado poderá lhe informar sobre como a lei se aplica ao seu caso específico, incluindo divisão de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia.
Ajudar a negociar um acordo amigável: Em muitos casos, é possível evitar um processo litigioso ao entrar em um acordo com o cônjuge. A orientação de um advogado pode facilitar esse processo, evitando desgastes emocionais e custos elevados.
Prevenir problemas futuros: Muitas decisões tomadas durante o divórcio terão impacto a longo prazo. Um advogado especializado pode ajudar a garantir que você esteja protegida legalmente e evitar problemas no futuro, como disputas sobre a guarda dos filhos ou pensão.
4. Considere o impacto emocional e prepare-se psicologicamente
O divórcio é, sem dúvida, um dos eventos mais estressantes e emocionalmente desgastantes que uma pessoa pode enfrentar. Mesmo quando a separação é consensual, é natural experimentar uma gama de sentimentos, como tristeza, frustração, alívio, ansiedade e medo. Para lidar melhor com esse turbilhão de emoções, considere:
Busque apoio emocional: Conversar com amigos, familiares ou um terapeuta pode ajudar a lidar com o estresse e a dor emocional que o divórcio pode causar. Lembre-se de que você não precisa enfrentar esse momento sozinha.
Dê tempo para o processo de luto: Mesmo que o divórcio pareça a melhor solução, ele ainda representa o fim de um ciclo importante da sua vida. Permita-se sentir e processar o luto da relação que terminou.
Prepare-se para mudanças: Sua vida mudará significativamente após o divórcio, seja na sua rotina, no relacionamento com os filhos ou nas suas amizades. Esteja preparada para essas mudanças e encare-as como parte do processo de recomeço.
5. Pense no bem-estar dos filhos (se houver)
Se você tem filhos, o bem-estar deles deve ser uma prioridade ao considerar o divórcio. Eles podem sofrer com a separação dos pais, por isso é essencial garantir que o processo seja o menos traumático possível. Aqui estão algumas maneiras de minimizar os efeitos negativos:
Explique a situação de maneira adequada à idade deles: Seja honesta, mas cuidadosa ao comunicar a decisão de se divorciar. Evite culpar o outro cônjuge ou envolver os filhos em conflitos. Garanta que eles saibam que, independentemente do que acontecer entre vocês, eles continuam sendo amados e cuidados.
Mantenha uma relação cordial com o ex-cônjuge sempre que possível: Evitar conflitos na frente das crianças e manter uma comunicação saudável com o outro genitor é essencial para o bem-estar emocional dos filhos.
Considere a guarda compartilhada: Em muitos casos, a guarda compartilhada é a melhor opção para garantir que ambos os pais continuem presentes na vida dos filhos. O ideal é buscar um acordo que atenda às necessidades das crianças.
Procure apoio psicológico para os filhos, se necessário: Dependendo da idade e da personalidade da criança, o divórcio pode gerar sentimentos de confusão, culpa ou tristeza. Um terapeuta infantil pode ajudar a criança a lidar melhor com essa transição.
6. Avalie alternativas ao divórcio litigioso
O divórcio litigioso, em que os cônjuges não conseguem chegar a um acordo e precisam recorrer ao juiz para resolver questões como a divisão de bens e a guarda dos filhos, costuma ser desgastante e caro. Por isso, é interessante considerar alternativas como:
Divórcio consensual: Nesse tipo de divórcio, ambas as partes concordam com os termos da separação (como divisão de bens e guarda dos filhos) e formalizam um acordo que é homologado pelo juiz. Esse processo é mais rápido e menos estressante.
Mediação familiar: A mediação é um processo no qual um terceiro neutro (o mediador) ajuda o casal a chegar a um acordo amigável. Essa opção pode evitar conflitos maiores e permitir que ambos tenham mais controle sobre as decisões tomadas.
Divórcio colaborativo: Nessa modalidade, ambos os cônjuges são representados por advogados que buscam soluções em conjunto, sem recorrer ao tribunal. O objetivo é resolver os conflitos de maneira pacífica e preservar a relação entre as partes, especialmente se houver filhos envolvidos.
7. Prepare-se para recomeçar após o divórcio
O divórcio marca o fim de uma fase, mas também pode ser o início de uma nova etapa da sua vida. Após passar por todo o processo, é hora de recomeçar e focar em você mesma. Algumas dicas para essa nova fase:
Redescubra seus interesses e paixões: Aproveite essa fase para investir em atividades que você goste e para redescobrir quem você é fora do casamento.
Fortaleça sua rede de apoio: Rodeie-se de pessoas que te apoiam e que possam oferecer suporte emocional durante essa transição.
Cuide da sua saúde emocional e física: Praticar atividades físicas, buscar momentos de lazer e investir no autocuidado são essenciais para que você possa superar essa fase com mais leveza.
Conclusão
Decidir se divorciar é uma escolha difícil, mas com planejamento e preparação, você pode passar por esse processo de forma mais tranquila e consciente. Ao seguir os passos descritos neste artigo, você estará mais preparada para lidar com as questões emocionais, financeiras e legais envolvidas no divórcio, garantindo que essa transição seja o início de um novo ciclo positivo na sua vida.
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Meu nome é Maisa Lemos, atuo como advogada especialista em direito de família e sucessões em Goiânia. Sou formada desde 2002 pela PUC/GO e tenho clientes em todo o Brasil.
Sou também mãe do Davi, da Helena e da Clara.
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LEMBRE-SE: este post tem a finalidade apenas de informar. Em nenhuma hipótese substitui a consulta com um profissional do Direito. Converse conosco e verifique as orientações necessárias para o seu caso específico.
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