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O que fazer antes de se separar? Guia essencial para uma transição segura

Foto do escritor: Maísa LemosMaísa Lemos


o que fazer antes de se separar

Decidir pela separação é um passo significativo e, muitas vezes, doloroso. Seja qual for a razão, a separação envolve desafios emocionais, financeiros e práticos. Por isso, preparar-se com antecedência pode fazer toda a diferença, ajudando você a tomar decisões conscientes e a enfrentar o processo com mais segurança.


Neste artigo, vamos explorar os principais pontos que você deve considerar antes de se separar. Desde o planejamento financeiro até o cuidado com o bem-estar emocional, você encontrará orientações práticas para que essa transição seja o mais tranquila possível.


1. Reflita sobre a decisão de se separar


Antes de tomar qualquer decisão definitiva, é importante refletir profundamente sobre a separação e avaliar se ela é realmente o melhor caminho.


Pergunte a si mesma:


Já fiz tudo o que podia para salvar o relacionamento?
Estou preparada para enfrentar as mudanças que a separação trará para mim e para minha família?
Estou tomando essa decisão com clareza ou no calor das emoções?

Conversar com um terapeuta ou conselheiro pode ajudar você a explorar os motivos da separação e a compreender melhor suas emoções. Além disso, muitas vezes, a ajuda de um profissional possibilita que você lide melhor com questões pendentes, seja para salvar o relacionamento ou para se preparar emocionalmente para a separação.


2. Organize suas finanças para enfrentar a separação


A separação pode ter um impacto financeiro significativo, principalmente se o casal compartilha as despesas e bens. Por isso, é fundamental que você organize suas finanças para garantir segurança durante e após a separação. Aqui estão algumas orientações importantes sobre o que fazer antes de se separar :


  • Faça um levantamento de bens e dívidas: Identifique o patrimônio do casal, incluindo imóveis, veículos, contas bancárias, cartões de crédito e qualquer outro bem ou dívida. Ter uma visão clara dos bens facilitará a divisão e evitará surpresas.

  • Estabeleça um orçamento individual: Se você dependia financeiramente do cônjuge, planeje como será a sua nova rotina financeira e avalie fontes de renda. Listar todas as suas despesas ajudará a definir um orçamento realista.

  • Abra uma conta bancária própria: Ter uma conta em seu nome proporciona mais controle sobre suas finanças e facilita a organização de recursos durante o processo de separação.

  • Prepare-se para custos legais: A separação envolve custos, como honorários de advogados e taxas judiciais. Calcule esses valores no seu planejamento financeiro.


3. Busque orientação jurídica


Separar-se envolve questões legais importantes e, para proteger seus direitos, é essencial ter a orientação de um advogado especializado em direito de família. Esse profissional poderá esclarecer todos os detalhes que a separação abrange e orientá-la a tomar as melhores decisões.


Entre as principais questões jurídicas que precisam de atenção estão:


  • Divisão de bens: A maneira como os bens serão divididos depende do regime de bens do casamento, como comunhão parcial, universal ou separação total. Seu advogado ajudará você a entender o que é direito seu e como assegurar essa divisão.

  • Guarda dos filhos e pensão alimentícia: Se você tem filhos, é importante definir as responsabilidades parentais, guarda e convivência. Em muitos casos, a guarda compartilhada é a opção mais equilibrada, mas o advogado ajudará a definir o que é melhor para o bem-estar das crianças.

  • Pensão alimentícia para você: Se houver dependência financeira, você pode ter direito à pensão temporária até que consiga se restabelecer. Avalie essa possibilidade com seu advogado para garantir a segurança financeira.


4. Proteja seu bem-estar emocional


A separação envolve um desgaste emocional inevitável. O fim de uma relação pode trazer sentimentos de tristeza, frustração e até mesmo alívio, e é importante que você cuide do seu bem-estar para lidar com essa fase de forma equilibrada.


  • Busque apoio psicológico: Conversar com um terapeuta pode ajudar você a entender e processar suas emoções, além de fornecer ferramentas para lidar com o estresse.

  • Mantenha uma rede de apoio: Amigos e familiares podem ser uma grande fonte de conforto. Compartilhe suas preocupações e se cerque de pessoas que apoiem sua decisão e que ajudem você a encontrar forças para seguir em frente.

  • Evite tomar decisões no calor do momento: Em meio a emoções intensas, é comum querer resolver tudo rapidamente. No entanto, tome o tempo necessário para garantir que cada decisão seja pensada e consciente.


5. Planeje o futuro dos filhos (se houver)


Se você tem filhos, planejar a separação de forma a preservar o bem-estar deles é essencial. Eles podem sentir o impacto da separação, e tomar decisões claras ajuda a manter um ambiente mais estável para eles.


  • Explique a situação de forma adequada: Quando você decidir se separar, comunique a decisão aos filhos de forma cuidadosa e honesta, respeitando a idade e compreensão deles. Garanta que eles saibam que são amados por ambos e que a separação não interfere no carinho dos pais.

  • Evite conflitos na presença dos filhos: Mantenha uma comunicação respeitosa e não envolva os filhos em discussões. Isso ajuda a evitar traumas emocionais e garante que eles se sintam seguros.

  • Considere a guarda compartilhada: Sempre que possível, a guarda compartilhada oferece uma solução equilibrada, permitindo que ambos os pais continuem presentes na vida dos filhos. Converse com seu advogado sobre a melhor forma de estabelecer essa convivência.


6. Evite concessões prejudiciais na busca por uma solução rápida


Entendendo o desejo de encerrar a situação o quanto antes, é comum que algumas pessoas façam concessões precipitadas na divisão de bens e no planejamento financeiro. No entanto, abrir mão de direitos pode resultar em prejuízos a longo prazo.


Avalie cuidadosamente cada acordo para que ele seja justo e garanta sua segurança.


  • Defenda seu direito a uma divisão justa: A partilha de bens deve respeitar o que foi construído em conjunto. Abra mão apenas se tiver certeza de que isso não prejudicará sua segurança financeira.

  • Priorize o bem-estar dos filhos: A guarda e a pensão alimentícia devem ser definidas de acordo com o que é melhor para os filhos, não apenas com base em pressões externas ou pela pressa em encerrar o processo.

  • Conte com o apoio jurídico: Mesmo que a separação seja amigável, um advogado ajudará a proteger seus interesses e evitar acordos que possam lesar você e sua família no futuro.


7. Prepare-se para o recomeço


A separação marca o fim de uma fase, mas também é o começo de um novo capítulo. Após o processo de separação, é o momento de focar em si mesma e reconstruir sua vida.


  • Invista em seus interesses: Aproveite a oportunidade para redescobrir atividades que você gosta e que tragam satisfação.

  • Desenvolva novas metas: Reflita sobre seus objetivos e planeje como deseja que sua vida siga daqui em diante.

  • Cuide da saúde física e emocional: Atividades físicas, hobbies e momentos de autocuidado ajudam a manter o equilíbrio e fortalecem seu bem-estar.


Conclusão sobre o que fazer antes de se separar


A separação é uma decisão importante e, para que você atravesse esse processo com segurança e tranquilidade, preparar-se é essencial. Ao seguir os passos descritos neste guia – refletindo sobre a decisão, organizando suas finanças, buscando orientação jurídica, cuidando do bem-estar emocional e pensando no futuro dos filhos – você estará mais pronta para tomar decisões conscientes e enfrentar a separação de forma equilibrada.


Lembre-se: cada escolha feita agora influencia o seu recomeço, por isso, valorize seus direitos e não aceite concessões que possam lesar seu futuro. Com o suporte certo e um planejamento cuidadoso, você pode transformar a separação em um novo início positivo e saudável.


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maisa lemos advogada

Meu nome é Maisa Lemos, atuo como advogada especialista em direito de família e sucessões em Goiânia. Sou formada desde 2002 pela PUC/GO e tenho clientes em todo o Brasil.


Sou também mãe do Davi, da Helena e da Clara.


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LEMBRE-SE: este post tem a finalidade apenas de informar. Em nenhuma hipótese substitui a consulta com um profissional do Direito. Converse conosco e verifique as orientações necessárias para o seu caso específico.



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